- ESPIROMETRIA
C Técnica de medida da entrada e saída de ar dos pulmões, avaliando assim a função pulmonar;
CObjetivo: avaliar a função pulmonar, bem como diagnosticar a ausência ou presença de distúrbios ventilatórios obstrutivos (VEF1, Índice de Tiffenau, FEF), restritivos (CVF) ou misto.
Ø Cuidados Técnicos
- Compreensão e colaboração do paciente;
- Voz do comando do examinador;
Ø Realização
- Paciente sentado, confortável com o tórax ereto;
- Clipe Nasal;
- Realizar inspiração e expiração profundas, ventilação em repouso de acordo com o examinador;
- Repetir o exame três vezes;
Ø Resultados:
- VEF= volume expiratório forçado;
- FEF= fluxo expiratório forçado;
- CVF= capacidade vital forçada;
- Índice de Tiffeneau VEF1 / FEF;
OBS: “Antes do teste espirométrico é importante realizar uma anamnese completa: sexo, idade, peso, altura, patologia pregressa, doença atual, pois os valores obtidos na espirometria variam de acordo com eles” (Bruno Presto).
- O VEF1: Indica ausência ou presença de obstrução das vias aéreas, quando ele se encontra reduzido, pode-se acreditar na possibilidade de uma obstrução nas vias aéreas;
- O FEF é dividido em FEF 25-75%, quando ocorrem alterações nesse valor pode ser indicativo obstrução;
- Índice de Tiffeneau: VEF1 /CVFx100 resultados menores que 60 indicam obstrução;
Ø Graus dos possíveis distúrbios ventilatórios:
- Grau 1: ausência de distúrbios
- Grau 2: distúrbio leve
- Grau 3: distúrbio moderado
- Grau 4: distúrbio grave
Ø Qualificação dos Distúrbios Ventilatórios pela Espirometria
Distúrbio VEF1 (%) CVF(%) VEF1/CVF (%)
Leve: 60 60 60
Moderado: 41 – 59 51 - 59 41 – 59
Grave: ≤ 40 ≤ 50 ≤ 40
Ø Indicações:
CAs indicações de espirometria incluem a necessidade de:
- Detecção da presença ou ausência de disfunção pulmonar sugerida pela história ou sinais físicos ou sintomas ou presença de diagnósticos anormais;
- Quantificação da severidade da doença;
- Avaliação da alteração da função pulmonar;
- Avaliação dos efeitos ou respostas potenciais ‘a exposição ambiental ou ocupacional;
-Risco de procedimento cirúrgico que afetam a função pulmonar;
Ø Contra-Indicações:
- Hemoptise de origem desconhecida (manobra de expiração forçada, pode piorar o quadro);
- Pneumotórax;
- Instabilidade cardiovascular;
- Aneurisma torácico, abdominal ou cerebral (risco de ruptura devido a pressão torácica);
- Cirurgia oftálmica recente;
- Presença de uma doença aguda que pode interferir no resultado do teste. (náuseas e vômitos);
- Cirurgia recente de tórax e abdômen;
- PEAK FLOW
C Objetivo:
- Avaliar o grau de obstrução brônquica;
- Avaliar a capacidade de tosse;
- Avaliar a reversibilidade ou não do broncoespasmo, após a utilização de broncodilatadores;
Ø Realização do Teste:
- Paciente sentado, confortável, postura ereta do tórax;
- Clipe nasal;
- Realizar uma inspiração profunda (CPT), em seqüência, realizar uma expiração, de forma mais rápida e forte possível.
- Repetir três vezes;
Ø Resultados:
- Selecionar o maior dos três resultados e comparar com o índice normal do Peak Flow (descrito na tabela segundo Leiner);
- MANOVACUÔMETRO
- Método existente para avaliar a força da musculatura respiratória; sendo utilizado para tal objetivo um aparelho denominado: manovacuômetro;
CObjetivos:
- Avaliar a capacidade de pressão inspiratória
(PImax.);
- Avaliar a capacidade de pressão expiratória (PEmax.);
- Parâmetro de desmame da MV;
(Bruno Presto)
?Indicações:
- Diagnóstico diferencial de dispnéia ou de quadro restritivo inexplicado.
- Doenças que afetam a musculatura respiratória: doenças neuromusculares e deformidades da parede torácica.
- Avaliação e diagnóstico de fadiga diafragmática e muscular respiratória.
-Avaliação de resposta à fisioterapia e reabilitação pulmonar.
- Avaliação da possibilidade de desmame da ventilação mecânica.
?Contra-Indicações:
- Absolutas: angina instável, infarto do miocárdio recente, miocardite, hipertensão arterial sistêmica severa sem controle, pneumotórax recente, biópsia pulmonar na semana prévia.
- Relativas: cirurgia ocular, dor torácica ou outro sintoma que interfira na realização do exame, cirurgia da coluna vertebral.
Ø Realização do Teste
- Paciente sentado, confortável com o tórax ereto;
- Primeiro: afere a pressão “negativa” da musculatura inspiratória (PImax), pedindo ao paciente para expirar completamente e em seguida manter uma Inspiração profunda por pelo menos 3 segundos com forca;
OBS: Não esquecer de fechar o orifício do manovacuômetro quando estiver realizando a inspiração;
- Segundo: afere a pressão “positiva”gerada pelos músculos expiratórios (PEmax), solicitando ao paciente realizar uma inspiração profunda e em seguida manter uma Expiração com mais força e por mas tempo que puder;
OBS: Neste caso o orifício deve ser fechado na expiração;
- Repetir três vezes;
- Sempre explicar ao paciente como será feito o teste para evitar desconforto e ansiedade;
Ø Resultados e Interpretação
• Valores Previstos (tabela de Black e Hyatt):
C Masculino:
- PImáx = 143 – 0,55 x idade;
- PEmáx = 268 – 1,03 x idade.
C Feminino:
- PImáx = 104 – 0,51 x idade;
- PEmáx = 170 – 1,03 x idade.
- VENTILOMETRI
C Objetivos:
- Avaliar o Volume Minuto (VM);
- Avaliar a média de Volume Corrente (VC);
- Avaliar o Índice de Tobin ( FR/ VC);
- Parâmetros para desmame da Ventilação mecânica;
C Realização do Teste:
- Paciente sentado confortável com o tórax ereto;
- Ventilometro acoplado a boca, TOT ou TQT durante 1 minuto e ventilando normalmente, verificando a FR e o VM;
OBS: O VM será indicado no aparelho e a FR deverá ser contada durante o procedimento;
- A divisão VM/FR = media VC;