terça-feira, 12 de agosto de 2014

Como dormir sem dar torcicolo

Dormir de mau jeito, ter uma postura ruim, carregar muito peso ou mesmo falar ao telefone com o aparelho entre a cabeça e o ombro pode causar dor na coluna cervical.
O corpo é desenhado para trabalhar em um determinado alinhamento. Quando dormimos, ficamos mais vulneráveis a desníveis, porque fazemos movimentos involuntários que podem desequilibrar a cabeça e provocar torcicolo (ou cervicalgia).

Cervical 2 (Foto: Arte/G1)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Tendinite não tratada pode causar afastamento do trabalho




Após um longo e pesado dia de trabalho é possível chegar em casa com alguma dor específica, no punho, nas costas ou nas pernas. Na maioria das vezes, a pessoa relaciona a dor ao dia estafante e não toma nenhuma providência. Mas o problema pode ser maior que uma dor passageira.

Podem ser várias as causas da tendinite: postura de trabalho, mobiliário (cadeira, monitor, teclado e mouse), tensão emocional e rotina estressante, entre outros motivos. Ela pode ser evitada se tomados alguns cuidados no nosso dia-a-dia. Procure sempre sentar com as costas apoiadas no encosto da cadeira ou do sofá e os pés no chão. É muito importante alternar 50 minutos de trabalho com 10 minutos para uma pausa, onde a pessoa deve levantar, fazer uma pequena caminhada, no próprio escritório. Exercícios de alongamento e relaxamento ao longo da jornada de trabalho também ajudam muito. Praticar atividade física ao menos três vezes por semana é fundamental para a qualidade de vida.

- Essas dicas precisam ser incorporadas no nosso dia-a-dia, se transformando em um hábito. Ainda assim, se a pessoa sentir dores deve procurar um especialista o quanto antes, para que  o tratamento seja mais fácil, rápido e para evitar o agravamento do quadro. Muitas vezes, a tendinite causa até o afastamento do trabalhador de suas atividades profissionais. É preciso estar atento..

Graduação e preservação das faixas elásticas




Leve, prático para guardar e muito eficiente, o elástico pode ser usado como um instrumento muito eficiente para promover a melhora do condicionamento físico ao possibilitar a execução de uma série de movimentos que trabalham todos os grupos musculares, fortalecendo braços, abdome, glúteos e coxa.
Existem 7 cores de faixas elásticas (amarela, vermelha, verde, azul, preta, prata e ouro),  onde cada cor representa um nível diferente de resistência. É importante lembrar que a resistência do exercício não é caracterizada apenas pela força do Thera-Band, mas também pela distância do ponto de aplicação da resistência à principal articulação envolvida, bem como a direção de aplicação desta resistência.
Geralmente,  as faixas elásticas bege e amarela são mais utilizadas na reabilitação. Em treinamentos preventivos para mulheres são adequadas as faixas elásticas vermelhas e verdes. Os homens podem usar normalmente as faixas elásticas azuis e verdes; já as faixas elásticas elásticas pretas só devem ser usadas por homens muito bem treinados. As cores prateada e dourada são utilizadas predominantemente em esportes de alto desempenho.
Veja algumas dicas de durabilidade das faixas elásticas e de segurança para o uso das mesmas:
  • Evitar efeitos mecânicos (objetos afiados como anéis, unhas compridas, solados ásperos de sapatos esportivos, etc.), pois pequenos buracos ou rasgos laterais podem rasgar a faixa elástica;
  • Guardar a fi ta elástica em uma bolsa ou caixa e protegê-la da incidência direta de luz do sol ou do calor, pois estes fatores ressecam o material;
  • A aplicação regular de talco evita que a faixa elástica "grude" por efeito da umidade ou do suor;
  • Não utilizar faixas elásticas muito curtas. O comprimento ideal das faixas elásticas é de 2,5 a 3,0 m. Deste modo se evitam grandes oscilações de força, realização descontrolada de exercícios ou a ruptura da faixa (o que acontece quando se estira mais de 300%);
  • Fitas elásticas sujas podem ser limpas com água e sabão e, após secarem e passado talco, podem ser utilizadas novamente;
  • O uso inadequado ou a falta de cuidado da faixa elástica pode causar lesões sérias. Por isso, deve-se realizar somente exercícios seguros e indolores. Evitar exercícios que possam fazer com que a fi ta rebata em direção à cabeça ou usar óculos de proteção durante estes exercícios;
  • faixa elástica não é brinquedo para criança. Crianças só devem fazer exercícios quando acompanhadas;
  • É possível usar a faixa elástica na piscina, mas depois de usar deve-se lavá-la com água sem cloro e secá-la sobre uma superfície plana.

Tratamento Fisioterapêutico no Linfedema

Você irá se submeter a tratamento de linfedema? Está com dúvidas? A partir de agora você irá conhecer alguns detalhes do tratamento ao qual irá se submeter. Para começar, saiba que o tratamento do linfedema exigirá de você uma boa dose de força de vontade e perseverança. Tenho certeza que estas são as suas qualidades mais marcantes, afinal você já passou pelo que passou e está aí mais forte do que antes, não é?
Entender a importância da técnica e de cada fase irá contribuir para o sucesso do tratamento e também a fará suportar algum eventual desconforto, além de prepará-la psicologicamente para esta nova empreitada. Então, vamos lá?
O Início do tratamento - O primeiro dia será reservado para a avaliação, exame físico, orientações, explicação do tratamento e determinação do material necessário para as sessões.
Avaliação e Exame Físico - Mesmo com o diagnóstico confirmado pelo médico, o fisioterapeuta fará sua própria avaliação e exame físico, que serão importantes para o tratamento. Nesta fase algumas questões (como as que estão abaixo) deverão ser respondidas por você.
Portanto prepare-se para elas e se necessário, faça anotações para não esquecer algum detalhe e leve-as no dia da avaliação.
  • Como e quando apareceu o linfedema?
  • Sente dor? Com que frequência? Em que situações sente dor?
  • Tem outra doença além do linfedema?
  • Tem alguma alteração na pele?
  • Fez radioterapia?
  • Houve alguma complicação pós-cirúrgica?
  • Toma medicamentos? Quais?
Observação: Provavelmente serão solicitados os seus exames atuais e antigos, leve-os com você!
Após esta entrevista inicial, o exame será iniciado através da verificação do estado da sua pele, do edema e sua extensão. O fisioterapeuta fará algumas medidas e anotações.
A automassagem poderá ser orientada e ensinada de maneira simples e de fácil compreensão, assim como alguns exercícios para serem realizados em casa. Qualquer dúvida em relação aos exercícios, a massagem ou com os cuidados com a pele, devem ser sanados, aproveite as sessões com o seu fisioterapeuta, que na primeira fase do tratamento serão diárias, para esclarecer estes e quaisquer outros problemas relacionados ao seu tratamento.
É importante lembrar que o tratamento do linfedema envolve um conjunto de ações, todas importantes para a obtenção de bons resultados. Você e o seu fisioterapeuta são a partir de agora uma equipe com um desejo em comum: o sucesso!
Primeira Fase do Tratamento
O tratamento irá se dividir em duas fases. A primeira fase é mais intensa e as sessões poderão ocorrer diariamente.
Dependendo do grau do linfedema, a sessão poderá ser iniciada pela pressoterapia após algumas manobras de desobstrução dos linfonodos. A pressoterapia é realizada através de um aparelho ligado a uma luva que exercerá pressão no seu braço com o intuito de diminuir o edema e dar mobilidade à pele. O fisioterapeuta é que decidirá sobre a necessidade ou não da utilização deste aparelho.
Será realizada a linfodrenagem Manual que tem por objetivo reduzir o edema. Esta técnica é realizada manualmente nas regiões de drenagem do membro acometido que estejam livres de edema ou onde a pele do edema já esteja móvel suficientemente para permitir as manobras. Não se surpreenda se no primeiro dia a linfodrenagem se limite ao seu tronco, a linfa está sendo estimulada e conduzida corretamente.
Em seguida, o enfaixamento compressivo funcional que irá garantir a manutenção do que foi alcançado na sessão até o dia seguinte e auxiliar na diminuição do edema quando associado aos exercícios. O enfaixamento deve permitir a movimentação de todas as articulações, avise o fisioterapeuta sobre qualquer sensação desconfortável. Um desconforto natural e que deverá ser suportado é o calor proporcionado pelas sucessivas camadas de faixas utilizadas neste procedimento. Seja forte, pois este procedimento é essencial para os bons resultados.
Com o enfaixamento pronto passarão agora aos Exercícios linfocinéticos que deverão ser realizados sempre após o enfaixamento, senão terão efeito contrário e o edema aumentará.
A primeira sessão terminou e você irá para casa com o enfaixamento e permanecerá com ele até a próxima sessão.
Assim será a primeira fase do tratamento que irá durar até a redução máxima do edema quando passará a segunda fase ou de manutenção que iremos comentar em nosso próximo encontro.
Vera Lúcia Miranda Fisioterapeuta
Colaboradora convidada pelo Instituto Oncoguia

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lesões no joelho

"O joelho é uma articulação de extrema importância, sendo composto pelos ossos da coxa (fêmur) e da perna (tíbia), além da patela (antigamente chamada de rótula). A junção desses ossos depende de estruturas de suporte, como ligamentos, a cápsula da articulação e os meniscos, que garantem a estabilidade da mesma". 

Os meniscos são pequenas estruturas em forma de disco, que possuem as funções de absorção de impactos, permitir que os ossos se articulem adequadamente e aumento da estabilidade da articulação. Em cada joelho encontramos dois meniscos. 

Os ligamentos são estruturas que funcionam também para dar estabilidade à articulação, limitando alguns movimentos e impedindo que os ossos saiam de seu lugar normal. 

As lesões de joelho  são bastante comuns em indivíduos que praticam esportes, e que estão submetidos a exercícios que levam a impacto importante nessa articulação. O sofrimento crônico da articulação pode levar a dor, desgaste, problemas para andar, entre outros. Por isso, é importante que as pessoas que pretendem praticar exercícios procurem orientação médica/fisioterapêutica antes e durante essa prática, de forma a evitar complicações futuras. 

As lesões de menisco são raras na infância, ocorrendo principalmente no final da adolescência, com pico na terceira e quarta décadas de vida. A principal causa é o trauma ("acidentes agudos") da articulação, porém, após os 50 anos de vida deve-se principalmente a artrite do joelho. O menisco pode apresentar vários tipos de lesão: rupturas parcial, total e complexas. Além disso, a ruptura do menisco pode ocorrer sozinha ou associada à ruptura de ligamento. 

O indivíduo, geralmente, conta uma história de queda, rotação do joelho ou outro trauma, sente dor no joelho, apresenta-se mancando e a articulação mostra crepitações (barulhos, estalos) e limitação do movimento (o joelho não consegue se mover em todas as direções na amplitude normal). 

Nos casos de lesões leves e em que o paciente não está sentindo nenhum sintoma, não é necessária cirurgia. Já nos casos de dor persistente, pode ser realizado um exame chamado artroscopia. Nesse exame, um aparelho é introduzido na articulação e permite que o médico veja diretamente as lesões presentes. Durante o exame, pode ser feito o tratamento, com retirada da parte rompida do menisco. A recuperação total da função do joelho ocorre em 4-6 semanas. 

As lesões de algumas partes do menisco não precisam ser retiradas, pois elas recebem bastante sangue da circulação, e isso facilita a cicatrização da ruptura. Já as grandes rupturas exigem o reparo. Em alguns casos, é necessário também a reconstrução de um ligamento do joelho, para ajudar na estabilização da articulação e impedir que o joelho adquira uma movimentação anormal. 

Sabe-se que a retirada do menisco, em idade precoce, está associada a um risco maior de osteoartrite em idade maisjovem. Uma alternativa, que previne essa complicação, é o transplante de menisco, que leva a bons resultados. No futuro, outros tratamentos poderão permitir a regeneração do menisco. 

Os ligamentos trabalhem em conjunto com os meniscos, e freqüentemente nas lesões agudas, ocorre comprometimento de mais de uma estrutura. Nas lesões de ligamentos, podemos observar estiramento com ou sem instabilidade do joelho ou ruptura completa do mesmo. 

Essas lesões acontecem muito comumente em atividades esportivas, quando o pé está fortemente apoiado no chão e a perna sofre uma rotação brusca. O indivíduo pode sentir o estiramento/ruptura do ligamento, e é incapaz de continuar a atividade que estava praticando. Alguns ligamentos são lesados mais freqüentemente do que outros, e cada um requer um tipo específico de tratamento. 

O paciente apresenta forte dor e pode mostrar também espasmos musculares. Em alguns casos, há derramamento de sangue dentro do espaço da articulação, uma situação chamada hemartrose. O médico sempre deve pesquisar uma possível lesão de menisco associada. Existe também a possibilidade de o comprometimento do ligamento ser crônico e o indivíduo conta que o joelho às vezes não completa o movimento. Freqüentemente, nesses casos, esses pacientes não procuram o médico logo que os sintomas iniciam-se, mas quando surgem outros sintomas como fraqueza muscular e piora da capacidade para andar. 

O tratamento indicado, como já dissemos, vai depender do ligamento lesado e da gravidade da lesão. Pode ser necessáriareconstrução cirúrgica, especialmente em atletas. O processo de reabilitação, após a cirurgia, é de extrema importância para garantir a mobilidade completa da articulação. A grande maioria dos casos atinge recuperação completa ou quase completa da movimentação normal do joelho. 

O deslocamento de patela é uma importante causa de hemartrose e deve sempre ser pesquisado nos casos de trauma agudo do joelho. Essa lesão ocorre quando o joelho está dobrado e a perna sofre uma força de "rotação para fora". É mais comum em mulheres, na segunda década de vida. 

O indivíduo relata que a patela (rótula) deslocou "para fora", ou então pode falar que o restante do joelho deslocou "para dentro". Porém, geralmente, o deslocamento só é visualizado na hora em que ocorre, pois a redução (ou seja, a volta da patela para seu lugar normal) ocorre quando a pessoa estica a perna. Quando o médico examina o joelho, o paciente vai queixar dor e desconforto quando a patela é movimentada ou quando o joelho é dobrado. 

Existem várias formas de tratamento para essa lesão, incluindo imobilização imediata associada a exercícios para fortalecimento muscular, imobilização com gesso por 6 semanas seguida de reabilitação, cirurgia, etc. É importante que se faça um estudo da presença de possíveis fatores predisponentes. Se o deslocamento ocorrer novamente, é necessário fazer um realinhamento da patela. 

A ruptura de tendões dos músculos da coxa e da patela pode resultar de uma contração muscular excêntrica, como ocorre, por exemplo, quando um atleta tropeça e tenta não cair. 

A ruptura do tendão do músculo quadríceps (músculo da coxa) ocorre mais freqüentemente após os 40 anos de idade. Geralmente, o tendão apresenta algumas alterações degenerativas, o que reforça a hipótese de que tendões normais não se rompem. Raramente, ocorre nos dois membros inferiores. A principal característica é que o paciente não consegue esticar a perna e, quando isso é tentado, observa-se a formação de um "buraco" logo acima da patela. O tratamento é cirúrgico. 

A ruptura do tendão da patela ocorre em indivíduos com menos de 40 anos de idade. O paciente não consegue esticar a perna, ativamente. A patela encontra-se deslocada para cima e pode-se sentir um defeito abaixo dela. O tratamento também é cirúrgico. 

Resumo de Anatomia Articular


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Articulações ou junturas representam a união entre ossos ou entre ossos e cartilagens nos diferentes segmentos corporais, permitindo mobilidade e conferindo funcionalidade a um determinado indivíduo.

Características morfofuncionais entre as uniões ósseas variam, determinando diferenças quanto aos movimentos

Funcionalmente, podemos classificar as articulações em:
1) Sinartrose: articulação imóvel
2) Anfiartrose: articulação ligeiramente móvel
3) Diartrose: articulação bastante móvel

O Sistema Articular é formado por um conjunto de articulações, ponto de contato entre dois ou mais ossos. Existem três tipos de articulações: sinartrose (inflexíveis), anfiartrose e diartrose  (permitem movimentos).
Essa mobilidade, porém causa um atrito, amenizado pelo Sistema Articular com a existência das bolsas sinoviais, que agem como amortecedores entre os ossos e os tecidos à sua volta (outros ossos, tendões, etc) .
De acordo com o tipo de tecido entre as peças, as articulações podem ser classificadas em 3 grandes grupos:

1) Sinoviais (diartroses) 
2) Cartilaginosas (anfiartroses)
3) Fibrosas (sinartroses)
  • Sinoviais – possuem um espaço entre os ossos e são separadas de acordo com os eixos de movimentos:
    • Uniaxial (1 eixo, 2 movimentos):
      • Gínglimo ou articulação em dobradiça (permite extensão e flexão): falanges, cotovelo.
      • Gínglimo ou dobradiça atípica: joelho (pequena rotação)
      • Trocóide ou pivô (permite movimento de rotação, onde um osso desliza sobre outro fixo):articulações rádio-ulnar e atlanto-axial.
      • Plana ou artródia (deslizamento para frente e para trás): articulações dos ossos carpais e tarsais, articulação da mandíbula.
    • Biaxial (2 eixos, 4 movimentos):
      • Condilar ou elipsóide (extremidade côncava em contato com outra convexa, limitando o movimento): articulações atlanto-occiptal e entre o punho e o carpo.
      • Selar (relacionamento de extremidades de igual curvatura, permitindo a circundação): articulação carpo-metacarpal do polegar.
  • Triaxial, esferóide ou enartrose (3 eixos, 6 movimentos): articulação do quadril.
  • Poliaxial (triaxial com maior mobilidade): articulação do ombro.
  • Fibrosas ou sinfibrosas – articulação fibrosa é aquela que apresenta tecido fibroso interposto entre os ossos, podendo ser:
    • Suturas
    • Dentadas
    • Escamosas
    • Planas
    • Gonfoses – articulações fibrosas que ocorrem entre cavidades e saliências (ex. dentes e maxila, dentes e mandíbula)
    • Sindesmoses – articulações fibrosas ligadas por fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso - membrana interóssea (ex.rádio e ulna; tíbia e fíbula)
  • Cartilaginosas – são as articulações que apresentam cartilagem entre os ossos, podendo ser:
    • Sincondroses – ossos que aderem por cartilagem hialina que mais tarde ossifica; Seqüência: osso-cartilagem-osso (ex. sacro e cóccix)
    • Sínfises ou anfiartroses – existe uma fibrocartilagem espessa interposta; Seqüência: osso-cartilagem-disco-cartilagem-osso (ex. articulações entre corpos vertebrais)
A principal característica das sinartroses é a sua quase que total imobilidade, já que são articulações formadas pela sólida união de dois ou mais segmentos ósseos, formando uma camada protetora dos tecidos que revestem o exterior do esqueleto, como os ossos do crânio e da face, por exemplo. São classificadas em concordantes e discordantes:
  • Concordantes – adaptam-se uma à outra
    • Planas ou artrodias – superfícies planas (ex. corpo da vértebra, cabeça da costela e vértebras vizinhas)
    • Enartroses ou esféróides – superfícies esféricas (ex. úmero com escápula, fêmur com osso coxal)
    • Trocartroses ou trocóides – superfícies cilíndricas (ex. cabeça do rádio e ulna)
    • Trocleartroses ou ginglimos – forma de roldana (ex. úmero e ulna)
    • Condilartroses – forma de côndilo (ex. úmero e rádio)
    • Efipiartroses ou sela – forma de sela de montar (ex. clavícula, esterno e primeira cartilagem costal)
  • Discordantes – apresentam algo na articulação para que os ossos concordem
    • Meniscartroses – apresentam uma fibrocartilagem que aumenta a superfície articular e a torna mais côncava (ex. joelho)
    • Heteroartroses – (ex. entre atlas e áxis)

DPOC x Atividade Física: cuidados e preucações

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mais conhecida pela sigla DPOC, é um distúrbio do sistema respiratório com duas causas diferentes: a primeira é a bronquite crônica, marcada pela tosse prolongada com muco, e a segunda está relacionada ao enfisema, doença que envolve a deterioração dos pulmões ao longo do tempo, causada pelo tabagismo. O que une essas duas alterações sob uma única nomenclatura é o fato de se tratarem de problemas crônicos, portanto sem cura, porém com tratamento eficaz, e que causam as mesmas dificuldades de respiração. Além disso, elas costumam aparecer associadas. 

A DPOC não é uma doença apenas pulmonar. Ela causa uma inflamação que atinge a corrente sanguínea, que, por sua vez, libera mediadores inflamatórios que enfraquecem a musculatura. Essa perda de força muscular leva a pessoa que tem a doença a se tornar sedentária e ficar mais em casa, perdendo cada vez mais musculatura de pernas e braços. A falta de ar causada pelo distúrbio pulmonar é outro fator limitante. 

A prática de exercícios físicos vai atuar nessas duas frentes: os exercícios aeróbicos ajudarão a recuperar e manter o condicionamento cardiorrespiratório e os exercícios de resistência, feitos com pesinhos ou halteres, ajudarão a fortalecer a massa muscular. Portanto, a atividade física é uma boa maneira de tornar a DPOC mais fácil de conviver". Mas antes de calçar o tênis e sair por aí se exercitando, existem alguns cuidados que você deve tomar. Eles impedem que você pratique mais exercícios do que o recomendado ou ignore sinais de que seu corpo está cansado, por exemplo. Confira quais são eles a seguir e recupere - ou mantenha - a sua qualidade de vida.

Exames médicos

   Antes de começar a fazer exercício físico, é fundamental que o portador de DPOC vá ao médico e faça exames para ver se ele está apto a fazer a atividade e ainda quais são os limites que devem ser respeitados durante o treino. Além da avaliação clínica que inclui o estado geral do paciente, verificação do uso das medicações e exames mais simples, como o de sangue, o portador de DPOC passará por um teste de esforço feito na esteira, em que será observado, principalmente, se há queda da oxigenação do sangue. Caso o paciente esteja bem, mas apresente queda da oxigenação, haverá a necessidade de usar oxigênio extra através de uma cateter nasal durante o exercício. Caso o paciente esteja bem e não tenha queda da oxigenação, poderá se exercitar sem uso de oxigênio extra, apenas prestando atenção aos sinais do corpo, como cansaço e falta de ar.

Uso de suplementação de oxigênio

Como foi dito acima, o uso de suplementação de oxigênio não é um impeditivo para a realização de exercícios físicos. Existem três formas de ofertar oxigênio: através de grandes cilindros, de concentradores de oxigênio - que são ligados na tomada e separam o oxigênio de todos os outros componentes do ar - e do oxigênio líquido, que se transforma em gás para respiração. Tanto os concentradores de oxigênio quanto o oxigênio líquido podem ser portáteis: o primeiro pode funcionar à bateria, com duração média de seis horas, e ser transportado numa maleta, enquanto o oxigênio líquido pode ser levado numa garrafa. O oxigênio chegará ao paciente através de um cateter plástico que sai do recipiente é encaixado no nariz. Ele pode ser retirado quando não for mais necessária a oferta de oxigênio.

Atenção aos sinais e sintomas

Dentre todos os sinais que podem aparecer durante a atividade física o que sempre aparece primeiro é falta de ar. Depois podem surgir cansaço extremo, chiado no peito, tontura e sensação de coração acelerado. Caso isso aconteça com você, o recomendado é parar o exercício e respirar tranquilamente até que se sinta bem novamente. Caso esteja difícil de respirar, a dica é, em vez de soltar o ar pela boca de uma vez só, expirar fazendo bico, como se estivesse soprando. Essa manobra ajuda a fazer com que o ar chegue a todo o pulmão.

Respiração

Quem tem DPOC deve sempre ficar atento à respiração na hora de fazer exercícios físicos, no entanto não é preciso forçá-la a seguir algum padrão, basta fazê-la naturalmente, de maneira confortável e que não falte ar. Mas vale lembrar que a respiração pelo nariz é sempre melhor, pois aquece, umidifica e filtra o ar, mas se você sentir necessidade de respirar pela boca, faça isso, pois pode ser um sinal de que o seu corpo precisa de mais oxigênio. Pacientes que usam cateter nasal com suplementação de oxigenação devem, em toda respiração, puxar o ar pelo nariz, caso contrário não conseguirão todo o oxigênio de que precisam. Caso você sinta falta de ar, além de parar o exercício, solte o ar fazendo bico, como se estivesse soprando, permitindo que o oxigênio chegue a todo o pulmão.

Cuidado com a intensidade

Os portadores de DPOC têm uma restrição funcional que deve ser respeitada na hora de começar a praticar exercícios físicos. Os sistemas respiratório e cardiovascular terão mais dificuldade em fazer que o oxigênio chegue até os músculos, portanto o desempenho sempre será menor em comparação com um indivíduo saudável no mesmo nível de treinamento - a fadiga do músculo acontecerá em menos tempo?. Por isso, as únicas regras quanto à intensidade do exercício é começar sempre de maneira leve e elevar de maneira sutil.

Caminhadas leves de 30 minutos feitas de três a quatro vezes por semana são uma boa forma de iniciar. Mas o ideal é sempre obedecer as recomendações do seu médico sobre a intensidade a ser seguida. A evolução da atividade física dependerá de muitos fatores, como idade, condicionamento físico e estágio da doença, por isso, o recomendado é conversar com o médico ou com o profissional que acompanha os exercícios quando o paciente se sentir apto a progredir a intensidade. Mas a regra geral é jamais fazer essa alteração por conta própria.

Faça pausas

Caso o paciente de DPOC sinta cansaço frequente durante o exercício, pode fazer pausas ou diminuir o ritmo sem maiores problemas. O objetivo do exercício nesse caso é promover qualidade de vida, não gerar qualquer tipo de competitividade. As pausas são uma boa estratégia para que a oxigenação do sangue mantenha-se estável durante a atividade física. Elas devem ser feitas de acordo com a falta de ar, caso ela apareça, o ideal é descansar por um ou dois minutos. Se ela passar, é possível continuar num ritmo mais baixo. Mas se ela persistir ou for muito forte, é importante parar a atividade.

Faça um relatório da atividade

Uma ideia para manter o exercício físico numa intensidade adequada é fazer um relatório sobre a atividade realizada e como o paciente se sentiu durante ela. O ideal é compartilhar esse material com o pneumologista para que ele diga se o paciente está no caminho certo ou se o treino precisa de adaptações. Outra dica é anotar o tempo, a intensidade e o tipo de atividade física, além de pausas e da sua sensação.

Não fique só no exercício aeróbico

Oliver Nascimento explica que a doença pulmonar obstrutiva crônica causa a liberação de mediadores inflamatórios na corrente sanguínea que chegam aos músculos e causam seu enfraquecimento. Para brecar esse efeito danoso, o ideal é fazer exercícios físicos de resistência, como a musculação, por exemplo. Ela ajuda a reverter a perda de massa muscular e de quebra pode melhorar a restrição pulmonar, já que o músculo treinado capta o oxigênio do sangue com mais facilidade. Mas antes de começar esse treino, o paciente deve conversar com o médico e sempre iniciar com exercícios leves.

domingo, 6 de julho de 2014

Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea - TENS

Introdução
A eletroterapia em suas diversas modalidades é largamente utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento de vários distúrbios.
 
Nos últimos anos houve grande evolução no conhecimento dos efeitos fisiológicos de correntes da aplicação dos agentes eletrofísicos nos tecidos.
 
O desenvolvimento da estimulação nervosa elétrica transcutânea – TENS – está baseado diretamente no trabalho inovador de Melzack e Wall(1965) que constitui a teoria da comporta para explicar o controle e modulação da dor. 

As pesquisas realizadas sobre as alterações patológicas constatadas em nervos em seguida a lesões levou a justificação cientifica para a aplicação de impulsos elétricos a nervos lesionados, com a finalidade de modificar suas respostas anormais. Estes achados , e a teoria do controle da ponte, formam a base de boa parte de nossa compreensão dos mecanismos da dor , e esclarecem o valor terapêutico da estimulação nervosa elétrica. Durante séculos, a estimulação elétrica vem sendo utilizada para o alivio da dor. A estimulação nervosa elétrica transcutânea é uma corrente de baixa freqüência , quando comparada a todo o espectro das frequências da corrente elétrica disponíveis para usos terapêuticos.

Com a proposição de novas teorias neurológicas que explicam a dor e os mecanismos de analgesia, admitiu-se a TENS como sendo uma estimulação sensitiva transcutânea diferencial das fibras proprioceptivas do tato, a grande velocidade de condução. 


Conceito

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea é o método de estimulação dos nervosos periféricos através de eletrodos acoplados à pele com fins terapêuticos. É uma corrente analgésica, ela atua nos sistemas modulares da dor, aumentando sua tolerância à dor causando uma analgesia.
 
Segundo o Doutor Rinaldo Guirro , a estimulação elétrica nervosa transcutânea é um valioso recurso físico para o alívio somático da dor , seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos crônicos.


Fisiologia da Dor

A dor tem como objetivo principal o de proteção e surge quando existe uma lesão de tecido. O sistema nervoso é composto por dois sistemas funcionais: o sistema nervoso periférico e o sistema nervoso central . Antes do nascimento o feto é capaz de perceber e processar estímulos. Entre as 20 e as 24 S de gestação as sinapses nervosas estão completas para a percepção da dor. As terminações nervosas livres existentes na pele e noutros tecidos possuem os receptores da dor. É através do sistema nervoso periférico que o estímulo da dor é percebido e captado. Os nervos sensoriais e motores da coluna espinhal conectam os tecidos e órgãos ao sistema nervoso central, completando assim o sistema.
 

Receptores Nervosos Sensoriais

Recebem e transmitem a dor ao longo dos tecidos do corpo e agrupam- se em:
 
1 - receptores mecânicos: captam informações tácteis
2 - receptores térmicos: captam informações térmicas
3 - receptores químicos: detectam as químicas orgânicas como o olfato, paladar e alterações bioquímicas do sangue
4 - receptores electromagnéticos : detectam informação da luz e do som
5 - receptores da dor ou terminações nervosas livres: detectam lesões físicas e químicas nos tecidos

Fibras Sensoriais e Sistema Endócrino

O impulso gerado pelo estímulo é transmitido para a espinha dorsal através das fibras A-delta (que são mielinizadas e conduzem o impulso doloroso rapidamente) e as fibras C (não mielinizadas que conduzem o impulso lentamente).

Este sistema governa a transmissão química dos sinais da dor. Estas hormônios dividem-se em:

Neurotransmissores - transmitem impulsos através das sinapses. São eles a epinefrina,norepinefrina, dopamina e acetilcolina. Este processo ocorre por volta da 16ª e 21ª semana de gestação.

Neuromoduladores - a endomorfina (opiáceo natural produzido pelo corpo) possuindo cação idêntica à morfina. Pensa-se que esta hormônios impede a transmissão do impulso da dor, bloqueando a libertação dos neurotransmissores excitatórios.

Mielinização
 
A bainha da mielina encontra-se ao longo do axônio e os impulsos dolorosos são conduzidos de nodo a nodo pelo nervo mielinizado excitando um nodo após o outro. Este processo aumenta a velocidade de transmissão do estímulo doloroso. No RN há uma deficiência de mielina ao redor dos axônios, que faz com que a velocidade de transmissão da dor seja um pouco mais lenta que no adulto.
 
Sistema de Controle da Dor no Cérebro e na Medula Espinhal

A estimulação elétrica em regiões diversas do cérebro e medula pode reduzir ou mesmo bloquear os impulsos dolorosos transmitidos na medula. Foram descobertos dois sistemas de opiáceos no cérebro, compostos semelhantes à morfina, as encefalinas e as endorfinas. Estas atuam como transmissores excitadores que ativam porções do sistema analgésico do cérebro
 

O Equipamento

Consiste de uma fonte de voltagem grande de pulsos, eletrodos e cabos interconectantes.

 
Fios Elétricos

O potencial elétrico (ou corrente elétrica) gerado pela TENS é transmitido através dos fios elétricos , desde o aparelho de TENS até o eletrodo , que está aplicado à pele do paciente. É importante que estes fios ou cabos elétricos sejam suficientemente robustos para que possam suportar as atividades do dia-a-dia. Na maioria dos casos , o cabo elétrico é conectado numa tomada de saída comum. Em seguida, o cabo se bifurca , indo inserir-se nos dois eletrodos.
 

Eletrodos : Sua Característica
 
O tipo mais comum de eletrodo , fornecido como equipamento padrão juntamente com a maioria dos aparelhos de TENS , é negro, de borracha de silicone impregnada com carbono.
 
Para a estimulação do tecido excitável com um único pulso de corrente, três critérios devem ser preenchidos : o estímulo precisa ter uma ascensão abrupta,o pulso precisa ter largura adequada, e a intensidade precisa ser limiar ou supra limiar.
 
No tecido nervoso , sabe-se que quanto maior o diâmetro da fibra mais baixo seu limiar de resposta e mais breve sua cromaria. As diferenças nas características de estímulos-resposta entre as populações de fibras maiores e fibras pequenas tornam possível a geração de impulsos de certas formas , estes impulsos podem estimular preferencialmente as grandes fibras A aferentes, que aluarão bloqueando a descarga dos impulsos da dor pelas fibras A-deltas e C.
 

Posicionamento dos Eletrodos

O local selecionado deve permitir que a estimulação seja facilitada ao sistema nervoso periférico e ao sistema nervoso central;
 
A área selecionada deve estar anatômica ou fisiologicamente relacionada à fonte da dor ;
 
A pele deve estar limpa a fim de diminuir a resistência da pele;
 
Os eletrodos devem estar bem fixados ao tecido em tratamento.
 

Fonte de Energia

O tens é uma corrente despolarizada.
 
Os geradores da TENS podem receber sua fonte de energia primária de uma fonte convencional de correntes alternadas de 60 Hz. Sendo então modifica pelo gerador para a produção de uma das formas típicas de ondas do TENS.
 
Forma de Onda

A forma mais comumente produzida é uma onda quadrada balanceada, assimétrica, bifásica com um componente de CD de rede igual a zero. A área sob a onda positiva é igual à área sob a onda negativa . Não são produzidos efeitos finais polares, o que evita a formação , a longo prazo, de concentrações iônicas positivas-negativas por baixo de cada eletrodo, ou no interior dos tecidos. Conseqüentemente,não há reações cutâneas adversas em decorrência de concentrações polares.
 
Freqüência ou Velocidade de Pulso
 
A freqüência de pulso é variável em todos os aparelhos, e a faixa de variação dos parâmetros também varia, na média de 1 a 150 pulsos por segundo, ou hertz (Hz). Uma baixa freqüência, digamos 10 pulsos por segundo , é descrita pelo paciente como uma sensação de “coceira” lenta, enquanto que uma freqüência elevada é expressada como uma sensação contínua de vibração.
 

Efeitos Neurofisiológicos da TENS

Os estímulos provenientes do sistema aferente sensitivo , atingem a via trato espino talâmico , principalmente núcleos periaquedutais que sob controle cortiçal e do sistema límbico liberam então endomorfinas as quais produzem alívio da dor.
 
A função básica da TENS é a ANALGESIA.
 
A teoria das comportas é uma outra forma de explicar a neurofisiologia de TENS. Os impulsos da TENS são transmitidos através de fibras de grosso calibre , do tipo A, que são de rápida velocidade, já os estímulos da dor são transmitidos através da fibras de calibre menor, do tipo C, que são lentas.
 
Desta forma os estímulos da TENS chegam primeiro ao corno posterior da medula, e despolarizam a substância gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria das Comportas ou Porta da dor.
 

Ajuste das Modulações

Existem 6 modalidades diferentes:

Convencional dor aguda

A estimulação convencional, de alta freqüência, pode ser definida como cadeia contínia, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração e baixa amplitude.

- Freqüência: 50 a 100 Hz (alta)
- Duração: 40 a 75 microssegundos
- Amplitude: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites as estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável.

No modo convencional a TENS recruta, preferencialmente, grandes fibras A-beta, estabelecendo um sintoma de controle da dor por pequenas fibras. Através do interneurônio no corno dorsal da medula, ao nível da "comporta" na substancia gelatinosa.


Convencional dor crônica

- Freqüência de pulso: baixa (100 a 130 Hz)
- Duração do pulso: 100 à 300 microssegundos (largo)
- Intensidade: desconfortável alta
- Início do alívio: 20 minutos
- Duração do alívio: 20 min à 02 horas.

Breve Intenso

É muito similar ao modo convencional, em que o estímulo é formado por uma cadeia ininterrupta de impulsos em freqüência muito elevadas, larguras moderadas e intensidade moderada.

- freqüência: Alta (abaixo de 100 Hz).
- Duração: 200 microssegundos (Largo).
- Amplitude: Forte, ao nível de tolerância.
- Início do alívio: 10 a 15 minutos.
- Duração do alívio: Pequeno, apenas durante a estimulação.


Acupuntura

A estimulação de baixa freqüência tem propiciado alívio à dor. O mecanismo de ação que produz analgesia com estimulação de baixa freqüência tem sido descrito como sendo mediado por opiáceos.

A liberação dos peptídeos opóides que poderia resultar em analgesia deve ser parcial ou completamente revertida pelo naloxone.
 
- Freqüência: 1 à 4 Hz
- Duração: 200 microssegundos
- Amplitude: Contrações musculares de baixa freqüência, visíveis.


Burst ou Trem de Pulso

- Freqüência: Trens de larga freqüência 970 a 100 Hz, modulados a uma freqüência de 2 Hz.
- Duração: 100 a 200 microssegundos
- Amplitude: Contrações rítmicas, toleráveis
- Início do alívio: 10 a 30 minutos
- Duração do alívio: 20 min à 06 horas

Obs.: Também faz analgesia na fase crônica.

Modulado

- Freqüência de Pulso: 50 à 100 Hz
- Duração do Pulso: 40 à 75 microssegundos.
Pode modular cada pulso do trem de pulso. Intensidade: Variável de acordo com a forma de modulação.
- Início do alívio: Depende da forma de modulação.
- Duração do alívio; Depende da forma de modulação.


Indicações

- Artrose
- Fibromialgia
- Analgesia da dor

 
Contra - Indicações

TENS é uma modalidade extremamente segura/em geral as contra - indicações baseiam-se no bom senso comum, e são citadas pelos fabricantes como forma de evitar possíveis litígios. As contra - indicações mais comumente citadas são : 
 
Não use em pessoas que :
 
- Usam marcapassos;
- Sofrem cardiopatia ou disritmias;
- Apresentam dor não diagnosticada;
- Com epilepsia;
- Nos tres primeiros meses de gestacao;
- Não usar na boca, no seio carotídeo, pele anestesiada, proximidades do olho.
 

Conclusão

A eficiência no uso da TENS está diretamente relacionada à forma do estímulo, sua intensidade, freqüência e a colocação dos eletrodos. Esses cuidados possibilitam uma resposta neuromuscular eficiente, graças à variação ao tempo de ação e resposta. Pode ser empregada isoladamente, principalmente nos casos em que o paciente relata dor, ou associada a atividades respiratórias e fonatórias. Esses procedimentos ficam a cargo de cada terapeuta e das possibilidades em realizar as atividades propostas por cada paciente. Finalizando, cabe ressaltar que a TENS, por si só, não "cura" a disfonia. Ela cria, sim, melhores condições para o desenvolvimento da terapia e para a aplicação das técnicas convencionais
 
Sabe-se que nervos e músculos são extremamente sensíveis à estimulação elétrica, com a vantagem de provocar reações controladas com tempo e intensidade constantes.

A TENS age sobre as fibras nervosas aferentes como um estímulo diferencial que "concorre" com a transmissão do impulso doloroso. Ativa as células da substância gelatinosa, promovendo uma modulação inibitória segmentar, e, a nível de SNC, estimula a liberação de endorfinas, endomorfinas e encefalinas. Através da ativação do Sistema Analgésico Central (SACI), resulta numa diminuição ou bloqueio da percepção central à dor.

 
Bibliografia 
 
Eletroterapia de Clayton - 10º edição Sheila Kitchen e Sarah Bazin Editora Manole Ltda - 1999
FisioWeb WGate - Referencia em Fisioterapia na Internet
Fisionet.com.br
Fisioterapia.com.br